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O Brasil foi recertificado como “país livre do vírus do sarampo” pela OPAS

O Brasil foi recertificado como “país livre do vírus do sarampo” pela OPAS

 

O país havia registrado seu último caso de sarampo em 2015 e, em 2016, recebeu a certificação de “país livre do vírus do sarampo”. Não apresentou casos nos anos seguintes, mas, a partir de 2018, voltou a registrar casos da doença em função do fluxo migratório na região, associado à saída de um grande contingente de pessoas da Venezuela e à baixa cobertura vacinal no país. Os casos continuaram e evidenciaram a circulação do vírus do genótipo D8. Em 2019, o país perdeu essa importante certificação.

Entre os anos de 2018 e 2022, foram confirmados: 9.329 casos em 2018, 21.704 em 2019, 8.035 em 2020, 670 em 2021 e 41 em 2022. Em 2024, foram registrados quatro casos importados, dos genótipos B3.1 e D8, e, no final do ano, em 12 de novembro de 2024, o Brasil recuperou o certificado de país livre do vírus do sarampo (Figura 1), concedido pela OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde).

Figura 1 – Certificação de país livre do vírus do sarampo recebida pelo Brasil pela OPAS.
Estão na foto a ministra da Saúde, Nísia Trindade (à esquerda), o presidente Lula e o diretor da OPAS, Jarbas Barbosa.
Fonte da imagem: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2024/novembro/brasil-recebe-recertificacao-de-pais-livre-do-sarampo

No entanto, a situação do sarampo no país ainda é preocupante, pois casos recentes foram registrados no Rio de Janeiro (2 casos) e no Distrito Federal (1 caso).

Segundo a Dra. Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais da Fiocruz:

“Para a gente perder essa recertificação, a gente tem que ter, durante um ano a partir do primeiro caso, cadeias de transmissão com o mesmo genótipo do vírus circulando. ”

A principal forma de combate à doença é a aplicação da vacina, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), como parte da vacina tríplice viral, que também protege contra caxumba e rubéola. A primeira dose deve ser aplicada aos 12 meses de idade e a segunda, aos 15 meses. Em 2024, o Brasil atingiu a meta de cobertura de 95% na primeira dose, mas menos de 80% dos bebês receberam a segunda (fonte).

“A eficácia dessa vacina é de 93% a 95%, o que significa que 5% a 7% das pessoas não vão responder de forma adequada. Então, a gente faz a segunda dose por dois motivos: para evitar essa falha primária e porque, com o passar do tempo, a proteção diminui naturalmente, e o reforço prolonga essa proteção”, explica o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha.

Em comparação, os Estados Unidos da América estão enfrentando um surto preocupante de sarampo. Em 18 de março, foram relatados 279 casos no Texas, 38 no vizinho Novo México e 4 em Oklahoma, que também faz fronteira com o Texas. O sarampo matou uma criança de seis anos não vacinada no Condado de Gaines, Texas — o centro do surto —, e é a causa suspeita da morte de um adulto não vacinado no Novo México.

No entanto, o Secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Robert F. Kennedy Jr., que tem uma longa história de ativismo antivacinação, tem dado pouco apoio à vacinação contra o sarampo, promovendo tratamentos como óleo de fígado de bacalhau, esteroides e antibióticos — nenhum dos quais é conhecido por ser eficaz contra o sarampo. (Kennedy afirmou que não se opõe à vacinação, mas que ela deve ser uma escolha “pessoal”).

O sarampo é a doença mais contagiosa transmitida diretamente entre pessoas. Os epidemiologistas usam uma métrica chamada R0 para indicar quantas pessoas, em média, uma pessoa com determinada doença deve infectar. O R0 do sarampo é impressionante: de 12 a 18. Em comparação, o R0 da COVID-19 no início da pandemia foi estimado em cerca de 1,4 a 2,5, e o da gripe, em torno de 1 a 2. O sarampo é tão contagioso que, em 1991, um único atleta infectado em um estádio esportivo contaminou outras 16 pessoas — incluindo duas que estavam sentadas a pelo menos 30 metros de distância (aproximadamente o comprimento de um ginásio). (Fonte)

Assim, manter alta a cobertura vacinal é essencial tanto para a manutenção da certificação de país livre do vírus do sarampo quanto para a proteção da saúde da nossa população.

 

 

 

 

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